materiais riscadores


O QUE SÃO MATERIAIS RISCADORES?
São os materiais que usamos para desenhar ou pintar.

A escrita e o desenho acontecem devido ao depósito da grafite (provindo da mina do lápis) sobre o suporte selecionado.

LÁPIS DE GRAFITE
Apresenta uma parte exterior em madeira e uma parte interior a que se dá o nome de mina de grafite (a grafite é um material mole, facilmente desgastável).

DUREZAS
O lápis de grafite tem um número e uma letra que servem para indicar a dureza da mina.

A letra B refere-se às minas mais macias. Quanto maior for o número ao lado da letra, mais macia é a mina e mais escuro é o traço. São minas indicadas para desenho artístico.

B 2B 3B 4B 5B 6B 6B 7B 8B 9B

A letra H refere-se às minas mais duras. Quanto maior for o número ao lado da letra, mais dura é a mina e mais claro é o traço. São minas indicadas para desenho técnico.

H 2H 3H 4H 5H 6H 7H 8H 9H

Os lápis HB e F não são muito duros nem muito macios – são apropriados para escrita e desenho (são minas multi-funções).

LAPISEIRA
Tal como o lápis de grafite, a lapiseira utiliza minas de grafite com durezas diferentes, de acordo com o trabalho que se pretende. As minas podem ter diversas espessuras.
– Desenho Técnico / Traçado Rigoroso – 0,3 mm; 0,5 mm; 0,7 mm.
– Desenho de Observação / Esboços – 0,9 mm; 1,1 mm; 1,6 mm.

BORRACHA
A grafite adere ao suporte com uma determinada força de aderência. A borracha ao ser friccionada contra o suporte exerce ainda mais força, pelo que consegue remover a grafite que está depositada. A borracha pode ser feita de vários materiais:
borracha natural: feita a partir do látex extraído das árvores;
borracha sintética: feita a partir do petróleo;
borracha miolo de pão: atualmente feita com matérias-primas naturais e uma fórmula especial que lhe confere grande maleabilidade e assim uma grande capacidade de ser moldada, de acordo com as necessidades.

Aplicação da borracha miolo de pão – Ideal para abrir áreas limpas que dão a sensação de luz nos desenhos. Remove com eficácia traços e poeira da grafite, do carvão ou mesmo do pastel seco. Própria para belas artes.

AFIA-LÁPIS
É o instrumento que mantém a capacidade de escrever/desenhar do lápis. Para o desenho técnico/rigoroso é fundamental um lápis bem afiado. No desenho artístico também é verdade, mas por vezes é necessário utilizar o lápis com a sua mina pouco afiada, para que não marque o suporte ou para que se consiga aplicar esfumados e sombreados. Existe uma grande variedade de afia-lápis, desde portáteis até fixos às mesas de trabalho. Com capacidade de afiar grandes diâmetros ou pequenos diâmetros, com reservatório de aparas ou sem reservatório de aparas. Para que o afia-lápis cumpra bem a sua função é necessário que esteja equipado com uma boa e afiada lâmina e o ângulo de corte esteja corretamente posicionado.

ESFUMINHO
O esfuminho foi criado precisamente para aplicar a técnica do sfumato (técnica artística usada para gerar suaves gradientes entre tonalidades). É normalmente utilizado com lápis de grafite, pastel óleo ou pastel seco. É feito de papel enrolado com espessuras e comprimentos variados.

   

LÁPIS DE COR
A mina de um lápis de cor é composta por três elementos: talco, pigmento e aglutinante. Existem minas duras e minas macias. As primeiras, mais duras, têm mais aglutinante e as macias têm mais pigmento. Gastam-se mais depressa.

As minas duras utilizam-se em desenhos de pormenor, onde impera o traço. As minas macias utilizam-se para colorir áreas, para sobreposições e até para fusões de cor.  Mas para esta tarefa existem minas aguareláveis que, depois de aplicadas no suporte (papel próprio para aguarela), são trabalhadas com pincéis e água, comportando-se como aguarelas.

Técnica: A técnica adquire-se com a prática.  A técnica inicial passa por utilizar o lápis com uma grande inclinação relativamente ao suporte (papel) e fazer com que o lápis se movimente sempre na mesma direção, sem carregar demasiado, deixando que a saturação da cor aconteça lentamente. Mais tarde, já com alguma prática adquirida, é possível obter bons resultados com o cruzamento do traço. Por vezes é necessário trabalhar com o lápis bem afiado (contorno, pormenor), outras vezes é necessário trabalhar com o lápis menos afiado, para que não surjam traços não desejados na pintura.

Uma regra de ouro é começar sempre das cores claras para as cores escuras e nunca, mas mesmo nunca, das cores escuras para as cores claras. Isto deve-se a que é impossível cobrir uma cor escura com uma cor clara.

LÁPIS DE CERA
Este tipo de lápis é constituído por um mistura de pigmento e de cera. A vivacidade da cor tem a ver com mais ou menos pigmento na mistura.
Este lápis pode ser utilizado com uma ampla gama de suportes, tais como papel de vários tipos, cartões e até mesmo madeiras.
Uma das suas desvantagens tem a ver com o facto de ser apenas produzido em espessuras mais grossas o que impede a sua utilização em desenhos e pinturas de pormenor.

Técnica: A pressão exercida neste elemento riscador vai ditar o tipo de mancha que se obtém – desde manchas opacas e vibrantes, através de maior pressão,  a manchas claras e transparentes, através de menor pressão exercida.

PASTEL ÓLEO
O pastel óleo é obtido através da mistura do pigmento com um óleo aglutinante. Como noutros elementos riscadores, quanto mais pigmento existir na mistura mais vivas são as cores.

Técnica: O pastel óleo é utilizado no suporte papel e funciona através da pressão exercida por fricção. A densidade da mancha depende da pressão exercida. A sua versatilidade é imensa possibilitando a mistura das cores, permitindo obter excelentes resultados cromáticos. Não necessita qualquer tipo de fixativo. Pode aplicar-se a técnica do sfumato, através da utilização do esfuminho ou, ainda melhor, através da utilização dos próprios dedos.

PASTEL SECO
O pastel óleo é obtido através da mistura de pigmento com colas ou resinas. A sua apresentação no mercado é em barras quadrangulares ou cilíndricas. Como em outros elementos riscadores também no pastel seco existe um tipo duro para pormenor e um tipo macio para pintar  e misturar cores.

Técnica: O pastel seco é utilizado no suporte papel e funciona através da pressão exercida por fricção. Este meio necessita de um fixativo para “agarrar” ao suporte, para evitar que se solte e se perca o trabalho efetuado.

MARCADORES
O marcador é também conhecido por caneta de feltro. É constituído por uma ponta de feltro que está ligada a um filtro cilíndrico no seu interior com uma mistura de pigmento com água ou álcool. A sua desvantagem é ser bastante afetado com a exposição à luz solar, perdendo a vivacidade das suas cores. Existem marcadores com muitos tipos de ponteiras e espessuras, dependendo dos resultados que se pretendem obter.

Técnica: A técnica adquire-se com a prática.  Pode colorir-se linha a linha, por mancha ou mesmo por cruzamento do traço, esta última requer muita experiência na sua utilização.

TINTA da CHINA
Este tipo de tinta foi inventada na China há muitos séculos atrás… é feita através da mistura de pó de carvão com um aglutinante (normalmente goma arábica). A sua caraterística principal é ser muito negra e possuir assim um grande poder de cobertura possibilitando uma mancha escura muito uniforme.
A sua comercialização é feita sob a forma líquida, em pequenos frascos ou, mais raramente, em estado sólido.

Técnica: Em grandes áreas (pintura) este meio pode ser aplicado com um pincel. Em pormenor (desenho) requer a utilização de utensílios especiais – a caneta de aparo ou o tira-linhas. A diluição da tinta com água permite obter tonalidades mais claras e belos efeitos gradientes.

AGUARELA
A aguarela é uma mistura de pigmentos com goma arábica. O que a distingue de outros meios é o seu grau de transparência. A apresentação no mercado faz-se através de tubos ou de frascos. Mas a sua apresentação “normal” é em pastilhas.

Técnica: Este meio exige um suporte adequado – uma papel de gramagem superior dada a sua carga líquida. Para obter bons resultados e maximizar esta técnica o papel deve ser previamente humedecido. A pintura em camadas sucessivas obriga a estabelecer tempos de espera. É uma técnica bastante exigente que requer bastantes prática, mas que permite obter resultados fantásticos.

GUACHE
O guache é um meio muito utilizado no meios escolar. A sua facilidade e flexibilidade de interação assim o permite.

TécnicaNão é tão exigente como a aguarela, mas ainda assim exige um suporte com alguma gramagem. Se o objetivo for criar aguadas então o papel usado deve possuir uma gramagem alta para não se corromper. É muito fácil obter novas cores através de misturas daí o seu valor no estudo da cor.
A utilização do preto e branco permite fazer gradações e obter novas 
tonalidades dentro de uma mesma cor. Durante a pintura a mudança de cor obriga a uma exigente limpeza dos utensílios pois facilmente aparecem cores ou tons indesejados.

Principais instrumentos:

Pincel: Esta ferramenta é imprescindível na pintura. É a extensão da mão e dos dedos… existe uma grande variedade de pincéis com especificidades distintas consoante aquilo que se pretende fazer (redondos, espalmados, finos grossos, compridos, curtos, etc.). O pincel é constituído por três partes – cabo (de madeira ou de plástico); virola (parte metálica que segura os pelos); pelos (de animal ou sintéticos). Deve haver cuidado na sua manutenção, sendo obrigatória a limpeza após a utilização.
Godé: É uma espécie de recipiente onde se coloca a tinta e se fazem as misturas. Existem em plástico, vidro, metal.
Paleta: É uma placa de madeira ou de plástico, com concavidades onde se colocam as tintas e se fazem misturas. Normalmente possuem um furo onde se introduz o polegar para melhor segurança. Substitui com imensa vantagem o godé.


EXERCÍCIO 1 – Responde às questões abaixo listadas, pelas tuas próprias palavras…

1- Quais são os principais meios riscadores?
2- Quais são os elementos que caraterizam o papel?
3- Quais são os papéis mais comuns?

– acede AQUI para saberes as RESPOSTAS AO EXERCÍCIO


Fonte: Manual de Educação Visual 5º/6º anos – “Arte de Ver” / Texto Editora