organização e planificação de tarefas | ferramentas e máquinas | técnicas de fabrico | uniões rígidas e móveis
organização e planificação de tarefas
Para realizar as tarefas devem ser primeiro asseguradas as condições de segurança e de higiene no espaço de trabalho. Planificar as tarefas, selecionar as ferramentas e os materiais a utilizar, preparar o espaço de trabalho. Com isto pretende-se prevenir os acidentes de trabalho e rentabilizar as tarefas.
O projeto tecnológico só se concretiza através da ferramenta, máquina e utensílio que devem ser escolhidos mediante os resultados pretendidos.
Para uma boa gestão do trabalho é necessário conhecer a ferramenta: nome, grupo, partes constituintes e função. O modo como se manuseia o resultado que se obtém, possíveis avarias, o seu possível arranjo e a sua manutenção. O modo como se acondicionam e preservam no tempo é uma garantia que estará sempre pronta para ser utilizada.
Exemplo: ferramenta MARTELO
- Grupo: ferramentas auxiliares
- Composição: cabo (madeira, plástico, metal) e cabeça (madeira, borracha, metal, plástico), consoante a tarefa que vai desempenhar
- Função: martelar
MEDIR, TRAÇAR, VERIFICAR
- régua graduada, suta, esquadro, metro articulado, fita métrica, riscador, nível laser
SERRAR, CORTAR
- serra zagaia, serrote universal, serra de metal, guilhotina, x-ato, tesoura de chapa, tico-tico
DESBASTAR, APLAINAR
- goiva, formão, lima, grosa, lixa, plaina, afagadora (lixadora) universal
FURAR
- berbequim elétrico, broca p/ madeira, broca p/ metal, broca p/ pedra, furador, arco de pua, martelo pneumático
AUXILIARES
- aparafusadora elétrica, chaves umbrako, chave inglesa, grampo, agrafador, alicate, martelo
As máquinas e as ferramentas usadas na transformação de materiais exigem o conhecimento adequado das técnicas de fabrico e de manuseamento. Tomando como exemplo, o fabrico de uma bicicleta, mais propriamente, o fabrico do componente QUADRO podemos ver que a sua produção assenta numa série de etapas sequenciais:
- moldagem – moldar o material escolhido (aço) em forma de tubo;
- cortar – seccionar o tubo em pedaços, com a dimensão apropriada para o fim definido;
- conformação – o tubo é introduzido numa máquina que o dobra e adapta ao desenho previamente elaborado;
- acabamento – após terminado, o quadro é pintado e polido para regularizar a superfície.
A forma como os materiais, as suas partes e componentes se ligam é variável e depende da finalidade do projeto. As uniões entre materiais podem ser rígidas (fixas), impossíveis de desfazer e móveis, que são desmontáveis.
As uniões podem ser diretas ou indiretas:
– diretas: uniões fixas compostas por dois elementos;
– indiretas: uniões fixas compostas por dois elementos, com um terceiro elemento (intermédio de ligação);
As uniões desmontáveis podem ser completas, parciais ou elásticas:
– uniões desmontáveis completas;
– uniões desmontáveis parciais;
– uniões desmontáveis elásticas.
Tipos de uniões e materiais
A escolha do tipo de união dos materiais depende de:
– tipo de projeto;
– existência de mecanismos;
– materiais utilizados.
A utilização de pregos e parafusos é muito comum e acessível, na união de materiais diversos. São fabricados com vários materiais consoante a sua aplicabilidade.
- Existem vários tipos de pregos, consoante os resultados pretendidos (que também obrigam à utilização de martelos específicos):
– Pregos de aço, pregos de gesso, pregos rosqueados, pregos de escápula, pregos de painéis, pregos de cabeça larga, etc.; pregos de variados tamanhos, formatos e materiais.
- Existem vários tipos de parafusos, consoante os resultados pretendidos (que também obrigam à utilização de chaves específicas):
– Parafusos para madeira, para chapas, para outros materiais…
A utilização do parafuso obriga normalmente à utilização da porca, que também existente em variados formatos, variados materiais e que também exigem variadas ferramentas.
A SOLDADURA, a REBITAGEM, a COLAGEM e o ENCAIXE são também muito utilizados, mas a particularidade comum entre eles é o facto de serem uniões do tipo rígido.
– soldadura: União de metais entre si que consiste em aquecer a SOLDA com um aparelho de soldar e aplicar nas partes. A solda tem de estar em contacto com as superfícies a unir. Ao arrefecer solidifica e agrega as peças que se pretendia unir.
– rebitagem: Processo utilizado para unir duas partes que podem ser metálicas ou não. É utilizado um elemento denominado REBITE que, através de um alicate rebitador, aplica de forma definitiva uma união. Os rebites podem ser de diversos tamanhos e materiais:
– colagem: Processo comum de união, muito utilizado com variados materiais. Existem vários tipos de colas. Colas rápidas, colas lentas, colas específicas para determinados materiais, etc. Exige uma preparação das superfícies que passam pela limpeza, remoção de materiais ou impurezas que prejudiquem a eficácia da colagem. Há colas que para serem eficazes, obrigam à aplicação de uma fina camada nas duas superfícies e um período de secagem antes da união (como exemplo temos a cola de contacto).
– encaixe: É um processo muito utilizado que depende das máquinas e da perícia do trabalhador. Quando o encaixe é realizado de uma forma eficaz, até passa por despercebido ao olhar. É comum associar ao encaixe também a cola, para reforçar a união rígida.
EXERCÍCIO 21 – Responde às questões abaixo listadas, pelas tuas próprias palavras…
1- BREVEMENTE
– acede AQUI para saberes as RESPOSTAS AO EXERCÍCIO
Fonte: Manual de Educação Tecnológica 5º/6º anos – “Arte de Fazer” / Texto Editora